quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Direita volver! Histórias Contadas

História. Dor. Guerra. Vida e Vitória. “Mãe, oh mãe, mãezinha, nesse momento volto a ser criança e grito pelo seu nome ... Mãe ... Mãe ... Minha mãe” – chora o combatente ao ser estilhaçado por uma granada, em história narrada durante a exibição da encenação da Batalha de Fornovo di Taro. Sim, nos emociona por simples palavras, nos faz chorar o retrato falado, nos faz história agora. Nada melhor do que inspiradora para bem classificar nossa visita ao BIL (Sexto Batalhão de Infantaria Leve) situado na cidade de Caçapava – Vale do Paraíba – SP completamente envolta por laços de sentimentos, experiências, riquezas, detalhes e uma história contada de uma forma deliciosa e envolvente, que nos rendeu não só grande informação sobre o escarmento de guerra mas também grandes lembranças. 


O primeiro contato já foi logo pelo túnel do tempo: assistimos aos soldados das mais altas patentes, com muita música, invadindo nossas almas enquanto passavam por nós, em carros guerrilheiros, alguns dos mais antigos pracinhas - aqueles que desbravaram campos de guerra e carregaram, no sangue vermelho, a vitória de uma nação, que cobrou de todo um mundo uma mesma coloração. As exibições se fizeram vivas ao adentrarmos a sede do batalhão e termos acesso a uma coleção de amostras de inventos, tecnologias primordiais, telégrafo, armamento, uma fileira de carros e tanques e registros de imagem colocados sobre vários balcões organizados pelos responsáveis.




Os soldados de mais variadas patentes, com sua recepção, nos levaram ao cenário guerrilheiro, em segundos, quando puseram a tocar inúmeras músicas referentes à 2ª Guerra Mundial, envolvendo o enredo brasileiro com autores como Ataufo Alves e Malagueta, sendo este o criador da música  “Cobra não fuma”. Enfileirados logo à frente ao palco de exibição, estavam os bravos pracinhas que, sem ao menos mencionar uma palavra , transpareceram em olhares e pequenos gestos toda uma história cravada no peito e no coração, relatado em cicatrizes e regadas pelas lágrimas que fizeram florescer a vitória brasileira sobre o gramado do dia final.


Partindo para a última atração, fomos colocados em plena representação da última guerra da qual a FEB (Força Expedicionária Brasileira) participou no território da Itália, no dia 2 de maio de 1945 (ano em que a 2ª Guerra Mundial finalizou) e culminou na rendição do front italiano. As explosões, as posições, os armamentos, os gritos, as destruições em nossa volta e o último agudo vitorioso se tornaram a verdadeira história retratada ali, a nossa frente, após 75 anos. Como um grande elemento de emoção, ocorreu então a leitura da carta (que gerou o fragmento inicial deste texto) de um ex combatente que deixou sua vida em batalha, ponto final que nos fez então entender ao menos uma pequenina parte do turbilhão de sensações e emoções que corriam pelos corpos de nossos heróis.


A experiência por si só já foi de imenso aprendizado e aproveitamento, por meio do contato com tanta informação e profissionais. Temos agora, o intuito de trazer diversas ideias, projetos, novidades e história em vida para que, assim, cada vez mais o Simpósio da Escola Saad engrandeça, afinal, o deste ano promete muito aprendizado e coisa boa. AGUARDEM, pois vêm armas de grande porte por aí, armas que irão te trazer cultura pura!

Maria Eduarda Guimarães da Costa.




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