Políticas públicas e educacionais da ditadura
A palestra do Professor Mestre César Eugênio mostrou-nos o setor educacional e trabalhista, de certa forma, no período ditatorial. Iniciou contando-nos sobre a lei 3692, do ano de 1971, que extinguiu o ensino chamado Primário e o Ginásio, visto que, apesar desses termos serem usados até hoje, não representam mais o que representavam antigamente. Após a Lei surge o 1º grau (8 séries) e o 2º grau/técnico e, a partir deste inicio do ensino técnico, a educação vira totalmente produtivista.
Para dar força a essa sociedade produtivista é criada a Teoria do Capital Humano de Theodore Schultz: “Cada um tem uma capacidade de produção, desenvolvida a partir de um treinamento específico”. Com isso criam-se as Escolas Técnicas e passou a ser normal a pessoa acabar seu período escolar e já sair empregado. Mas, com o tempo, o mercado de trabalho saturou, não havia mais trabalhos nas fábricas para todos os formados, o que gerou muitos desempregados.
As Escolas Técnicas surgiram sem recurso nenhum acarretando prejuízos às indústrias que não conseguiam profissionais qualificados e inicia-se assim a decadência dos cursos técnicos no Brasil. Foi comentado também pelo Professor Eugênio César o processo de “despolitização” do povo, ocorrido na ditadura, “tirar a vontade de falar sobre política”. Nas escolas, matérias como Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política Brasileira ajudavam para que esse desinteresse pela política fosse semeado na população.
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